Economia
Panorama | 03/12/2020 |
Número de endividados de Palmas tem leve aumento, mas inadimplentes e os que não terão condições de pagar suas dívidas também
O presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, acredita que este cenário deve acender um alerta tanto nos consumidores quanto nos empresários.
Em novembro, a pesquisa que medeo Endividamento e Inadimplência dos Consumidores de Palmas (PEIC) demostrou umleve crescimento no número de endividados. Cerca de 70% dos entrevistadosdisseram que estão endividados, crescimento de 1% se comparado a outubro. Já oporcentual dos que estão com dívidas em atraso aumentou 0,8%, porém o total de15% não havia sido registrado desde 2017. Já os que afirmam não ter condiçõesde quitar suas dívidas vem aumentando desde maio, ficando no período em 1,3% dototal de endividados.
O presidente do SistemaFecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, acredita que este cenário deve acenderum alerta tanto nos consumidores quanto nos empresários. “Deve haver umequilíbrio dessas dívidas para que a renda familiar não seja prejudicada. Nósestamos atravessando um período turbulento, principalmente entre as famílias debaixa renda, por isso, é importante estar alerta, já que mesmo com auxílios dogoverno e incentivos as famílias estão atrasando o pagamento de suas dívidas.Ou seja, o empresário também deve estar alerta sobre as formas de pagamento eseu estoque”, ressaltou
O cartão de crédito continua comolíder no ranking do tipo de dívidas, seguido pelos carnês e financiamento decarro.
Ao contrário de Palmas, segundo aCNC, o número de brasileiros com dívidas caiu pela terceira vez consecutiva emnovembro e retornou ao nível registrado em fevereiro, antes da pandemia do novocoronavírus. A pesquisa, a nível nacional, apresentou retração de 0,5 pontopercentual com relação a outubro, e apontou que 66% dos consumidores estãoendividados. No comparativo anual, contudo, o indicador registrou aumento de0,9 ponto percentual.
O presidente da CNC, JoséRoberto Tadros, destaca que indicadores recentes têm mostrado que a recuperaçãoda economia está mais robusta do que as estimativas indicavam, resultando,inclusive, em pressões inflacionárias por oferta e demanda. “Deve-seconsiderar, porém, que a proporção de consumidores endividados no País éelevada e grande parte do crédito dispensado durante a pandemia foi concedidocom carência nos pagamentos”, alerta Tadros, reforçando a necessidade de seguirampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos e possibilitar oalongamento de prazos de pagamento das dívidas para mitigar o risco da inadimplênciano sistema financeiro.
A PEIC é realizada mensalmentepela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria coma Fecomércio Tocantins. A pesquisa completa pode ser acessada no site:www.fecomercioto.com.br.
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