Estado
Meio Ambiente | 05/04/2020 |
Naturatins participa de conservação de nascentes em aldeia Xerente
Como parte da ação, foram plantadas 500 mudas de palmeiras nativas - buriti e bacaba - produzidas em viveiro construído dentro da Aldeia Porteira, que recebe apoio técnico do órgão ambiental do Estado e de outros parceiros ; meta é chegar a 10 mil mudas at
Mais de 500 mudas depalmeiras nativas da região – buriti e bacaba – foram plantadas na área danascente Kâtoprere, afluente do rio Tocantins, próxima à Aldeia Porteira, nomunicípio de Tocantínia. A realização da atividade aconteceu no início de marçoe já totalizam 4,8 mil mudas, todas produzidas no viveiro instaladona Aldeia Porteira, da comunidade Xerente.
Segundo o gerente de Suportede Desenvolvimento Sócio-econômico do Instituto Natureza do Tocantins(Naturatins), Rodrigo Casado, o plantio das palmeiras faz parte de um projetomaior, o Progeta Porteira (Projeto de Gestão Territorial e Ambiental da Aldeia Porteira),realizado numa parceria entre Naturatins, Fundação Nacional do Índio (Funai),Associação Indígena Nrozawi, Ibama/PrevFogo e Prefeitura Municipal deTocantínia. O objetivo principal é fazer a gestão da área territorial daAldeia. “O projeto prevê também a recuperação de três áreas de relevânciaambiental para a aldeia”, explica Casado.
Conforme Casado, as parceriasdo Progeta Porteira foram formalizadas por meio de Acordo de Cooperação Técnicae a o Instituto contribui exatamente com apoio técnico, fornecendo mão de obra qualificada, como engenheiros ambientais e florestais, além deviveiristas, que auxiliam nas técnicas de produção das mudas.
A meta da Associação IndígenaNrõzawi, gestora do Progeta Porteira, é produzir e replantar até o final desteano 10 mil mudas. “Nós disponibilizamos três técnicos viveiristas para ensinaraos membros da comunidade indígena todo o processo de produção e, hoje, elespróprios estão cuidando do viveiro, que tem apresentado bons resultados”,reforça Casado.
De acordo com o presidente daAssociação Indígena Nrozawi, Devanir Sawrepte Xerente, até março o viveiroproduziu, além das palmeiras, mudas de diversas espécies de árvores frutíferasdo cerrado, entre as quais caju, oiti do cerrado, aroeira e mangaba. Ele resalta quetoda a produção será utilizada para recuperação de áreas degradadas e proteçãodas nascentes localizadas no território da Aldeia.
Devanir Xerente diz que otrabalho realizado neste projeto é muito importante porque envolve toda acomunidade da aldeia, desde os mais jovens até os anciãos. O trabalho estásendo feito no sentido de verificar como a natureza está, desde o solo, apesca, a caça e tudo que possa contribuir para a sobrevivência da culturatradicional Xerente.
O Projeto de GestãoTerritorial e Ambiental da Aldeia Porteira é financiado por recursos do BancoMundial, via edital DGM FIP Brasil (Mecanismo de Doação Dedicada), com recursosna ordem de R$ 198 mil para conservação de três nascentes, construção doviveiro e também de uma casa de Cultura e Etnomapeamento da Aldeia Porteira.
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