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Sucesso | 30/05/2020 |
Beneficiamento de frutos do Cerrado é destaque em live da Agrotins 2020 100% Digital
Especialistas afirmam que o Cerrado pode ser preservado e ainda assim gerar renda com seus frutos
Obate-papo com o tema “Gestão de unidade de beneficiamento defrutos do Cerrado” foi ao ar na tarde desta sexta-feira, 29,durante a Feira Agrotecnológica do Tocantins - Agrotins 100% Digitalcom a engenheira de alimentos, Graziela Paludo, especialista emagroindustrialização dos frutos do Cerrado.
OCerrado, também conhecido como savana brasileira, é o segundo maiorbioma da América do Sul, e traz uma diversidade enorme em sua faunae flora. O Estado do Tocantins é privilegiado, pois seu territórioé tomado por este bioma, que possui frutos típicos que sãovalorizados na região.
Aconversa foi mediada pela gerente de Fomento à Agricultura daSecretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura doTocantins (Seagro), Verônica França, que de início, explicou que épossível manter o Cerrado preservado e ainda assim gerar renda,agregar valor e alavancar o desenvolvendo agroindustrial do Estado.“O Tocantins é um Cerrado de oportunidades. Esse é o caminho.Conectar todas as pontas. Mas a exploração tem que ser sustentávelpara ter uma matéria-prima de boa qualidade, logo, tendo excelentesprodutos”, afirmou.
Aengenheira de alimentos Graziela Paludo, destacou um case de sucessono município de Nova Olinda. A Associação de Apicultores da cidade(Aapino) além de trabalharem com mel, também produzem polpas defrutas em períodos sazonais. Ela explica que eles adquirem a matériaprima de pequenos produtores rurais de assentamentos da região,assim, movimentando a economia local, e gerando renda aos assentados.“Essa atividade mantém a casa de polpa funcionando mesmo em todosos períodos do ano”, disse a especialista.
GrazielaPaludo conta que a agroindustrialização agrega valor aos frutos doCerrado. “A fruta do cajá, por exemplo, não tem tanto valorequiparado a polpa da fruta. Pois o produto tem uma durabilidade eversatilidade maior”, explicou.
Desafios
Aengenheira também comentou um pouco sobre os desafios enfrentadospor esses pequenos produtores, pois precisam de maquinário paratransformar a matéria-prima (frutas) em polpas e outros produtosderivados. “O principal entrave desses produtores são aorientação. Muitos não têm a Seagro para orientá-los, e elesacabam se perdendo no caminho, e não conseguem manter o trabalho”,disse Graziela Paludo.
Aespecialista ainda pondera que muitos acabam investindo mais do que épreciso, e não tem noção do custo de operacionalização de umacasa de poupas. “Mesmo tendo equipamentos bons, eles acabam sedesgastando e precisam ser substituídos ou consertados. E osprodutores não possuem um capital de giro para manter estesconsertos e outras despesas. E eles não estão preparados para estescustos antes das primeiras vendas”, explicou.
Gastronomia
Emuma pequena participação, a chef e embaixadora da gastronomia noTocantins, Malena Mota, destacou a união dos setores para fomentar aeconomia. “Acredito no poder da gastronomia. Com a gastronomia , agroindústria e pecuária, poderemos alavancar a produção defrutos do Cerrado. Temos a responsabilidade de divulgar essesprodutos. Ninguém faz nada sozinho. Todo mundo deve trabalharunido”, concluiu.
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