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14/12/2019

Com suporte técnico do Ruraltins, propriedade alcança índices de 70% em reprodução bovina por inseminação artificial

Acompanhamento e trabalhos de inseminação têm garantido produção mais rápida, com mais prenhez, e ainda melhoramento das crias

Com suporte técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), por meio do Convênio de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para Médio Produtor, o pecuarista Osvaldo Salvalágio, 68 anos, da Fazenda Olho D´Agua, situada na região da Barra, município de Almas (TO), já contabiliza resultados de sua atividade, o acréscimo de 70% em reprodução por meio de inseminação artificial e ainda o melhoramento das crias.

O produtor conta que, a princípio, desenvolvia a piscicultura e arrendava boa parte da área de pastagem para outros pecuaristas. Até que, há cerca de dois anos, resolveu deixar de alugar os pastos e ele mesmo voltar a desenvolver a atividade da pecuária, que considerou ser mais rentável. Então investiu na compra de bezerros, colocando uma grande quantidade na propriedade para reprodução.

Foi neste momento que o Ruraltins entrou com o trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pelo médico veterinário Ueslei Mazoni, do escritório local de Natividade. “Quando fomos à propriedade observamos que o produtor havia colocado muito bezerros na propriedade, esperando adquirir uma idade significativa para entrar em processo reprodutivo. Então entramos com o propósito de acelerar um pouco mais o desenvolvimento dessas bezerras e assim melhorar os índices reprodutivos dentro da propriedade, uma vez que o produtor estava praticamente sem nenhum tipo de receita”, explica o médico veterinário.

Com a pretensão de acelerar o processo reprodutivo das matrizes e, consequentemente, gerar renda ao produtor, o extensionista do Ruraltins explica que a primeira ação foi procurar garantir a alimentação dos animais na propriedade. “Começamos com o trabalho de melhorar a capacidade de pastagem recuperando algumas áreas, através do calcariamento e adubação, e também da vedação de pastagem, com isso tivemos um aumento e desenvolvimento de peso satisfatório no rebanho, acima do que esperávamos, e dessa forma foi possível dar início ao trabalho de reprodução”, ressalta.

A primeira rodada de inseminação artificial foi realizada no ano passado alcançando o índice em torno dos 70% de prenhez, ou seja, de gestação confirmada, por meio da inseminação artificial em tempo fixo (IAFT).

Com uma área total de 1.172 hectares e 280 hectares de pasto formado, a perspectiva para 2020 é chegar em 400 a 500 hectares de pasto, e assim aumentar a capacidade de reprodução, que atualmente conta com 320 cabeças, destes, 120 são bezerros. Para isso, o técnico conta que já abriram uma nova estação de monta da propriedade: “Há dois dias [quarta-feira] fizemos uma avaliação ginecológica dos animais e detectamos muitas fêmeas cheias [prenhas], as vazias nós já iniciamos o protocolo de inseminação IATF. Vamos entrar com uma nova remessa de aplicação de hormônio, e posteriormente  inseminação artificial nessas matrizes. Queremos aumentar de 10 a 20% os índices de gestação”, afirma.

Com grandes expectativas para o próximo ano, o pecuarista Osvaldo diz estar satisfeito com o trabalho técnico do Ruraltins por meio do acompanhamento do médico veterinário. “Estou gostando muito de receber esse acompanhamento do Uesley, até porque, por mais que a gente tenha o entendimento de criação do gado, falta ainda o conhecimento técnico, que é a parte dele, principalmente nessa questão da inseminação, que tem garantido uma produção mais rápida, com mais prenhez, e ainda crias melhoradas no meu rebanho”,  afirma o produtor.

Ater para Médio

Desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio do Ruraltins, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ater para Médio foi firmado em 2017 com o objetivo contribuir com o desenvolvimento econômico e social dos médios produtores rurais do Tocantins.

Com recursos na ordem de R$ 861.639,32, o convênio foi aditivado e segue até 30 de dezembro de 2020, contemplando três categorias, sendo a pecuária de corte e misto, as culturas anuais e fruticultura.

Para o início dos trabalhos, 84 extensionistas foram capacitados na plataforma digital MAIS ATER visando atender os 44 municípios contemplados pelo projeto.

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