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Saúde
COVID-19

30/06/2020

Ayres defende uso do Hidroxicloroquina com acompanhamento médico

O parlamentar defendeu que é preciso que sejam unidos esforços em prol de estudos sobre o remédio, tratamentos e sobre ações que possam conter o avanço da doença.

ODeputado estadual Ricardo Ayres (PSB) levantou uma discussão no Tocantins sobrea Hidroxicloroquina ou Cloroquina para o tratamento da COVID-19, doença causadapelo novo coronavírus. Com a curva crescente de casos no Tocantins e na própriaAssembleia Legislativa, onde os deputados Olyntho Neto, Cláudia Lelis e JúniorGeo estão isolados após contaminação pelo vírus, Ayres, que foi tratado com omedicamento, defende a prescrição, com indicação e acompanhamento médico, nafase inicial da doença. O parlamentar ainda rechaçou a politização em torno deum tema de saúde tão importante. “Temos profissionais de saúde do Estado quesão favoráveis ao medicamento e argumentam sua eficácia no tratamento da doença”,explica.

 

RicardoAyres já havia anunciado no dia 02 de junho que estava curado da COVID-19,vítima de uma contaminação comunitária pelo coronavírus. Segundo ele, seuquadro foi considerado como Pneumonia em fase inicial. O deputado fez uso domedicamento e relatou constatar uma melhora logo após início do tratamento.

 

ODeputado também argumentou entender que, por si só, seu resultado não pode sercolocado como ponto de decisão sobre a eficiência completa do medicamento,entretanto defende que ele não pode ser descartado ou seu uso desaconselhado,sem maiores estudos e um posicionamento médico sobre o quadro de cada paciente.“Utilizei a hidroxicloroquina e os resultados foram muito bons. Esse é umassunto técnico-científico e precisamos estudar e avaliar toda as formas detratamento, principalmente no cenário crescente de contaminação no Tocantins eno Brasil. Defendo a continuidade dos estudos e o uso do medicamento comprescrição e acompanhamento médico”, explicou. 

 

Médico defende medicamento

Segundoo médico cardiologista que acompanhou o Deputado em seu tratamento, o Dr.Andrés Gustavo Sánchez relatou o seguinte: “iniciamos o protocolo de formaprecoce, com consentimento informado, resultado favorável já nas primeiras 24horas e atualmente tem critérios de cura da COVID-19 “. Sánchez também relatouque fez o tratamento com a substância em outros pacientes com resultados tambémpositivos.

 

OMS volta atrás

Comocitado pelo médico, a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) reeditou seuposicionamento. No dia 23 de maio de 2020, o Grupo Executivo do EstudoSolidariedade da organização havia decidido parar os estudos sobre o uso dahidroxicloroquina no tratamento a COVID-19. A argumentação seria umapreocupação com a segurança do medicamento.

 

Amudança de posicionamento da OMS veio após a revista científica "TheLancet" publicar uma nota de retratação dos autores do estudo comcloroquina e hidroxicloroquina para Covid-19 publicado por ela própria no dia22 de maio. Os cientistas afirmaram não poder mais garantir a veracidade dosdados usados para fundamentar a pesquisa, que havia constatado risco no uso dassubstâncias contra o novo coronavírus.

 

Sendoque no dia 3 de junho de 2020, o diretor-geral da OMS anunciou que, com basenos dados de disponíveis, os membros do comitê recomendaram que não haviamotivos para modificar o protocolo do estudo. O Grupo Executivo recebeu estarecomendação e endossou a continuação de todos os ramos do Estudo, incluindo ahidroxicloroquina.

 

Medicamentos

Até o momento, não hánenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina quepossa prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Devido ao fato de seruma doença nova no mundo, temos pouca literatura disponível podendo recorrer atratamentos off-label com o objetivo de diminuir o risco de evoluçãopara a fase inflamatória. Certamente, a principal arma contra o COVID-19 será avacina, a qual deverá estar disponível no final do ano 2020 ou início de 2021.

 

Politização do tema

Ayres encerrourechaçando sobre o que chamou de politização sobre o medicamento e sobre aprópria pandemia do Coronavírus. Segundo ele, é uma questão de saúde, deproporções que jamais vimos e de um vírus que, até o momento, temos poucasinformações. O parlamentar defendeu que é preciso que sejam unidos esforços emprol de estudos sobre o remédio, tratamentos e sobre ações que possam conter oavanço da doença. “Não é momento de fazer política sobre usar ou não talmedicamento, precisamos é de estudos científicos, de profissionais da área.Estão fazendo política com uma doença séria que infelizmente tem dizimadofamílias e desestruturado todo o mundo”, concluiu.
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