Saúde
No Ligue 180 | 20/06/2020 |
Violência doméstica, sexual, tentativa de feminicídio e cárcere privado foram as violências contra a mulher mais registradas em 2019
O Balanço 2019 da Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, apresentou que as mulheres entre 25 e 35 anos foram as que mais sofreram violência doméstica (20.479), seguido pelas faixas etárias de 36 a 45 anos (16.165) e 15 a 24 anos de idade (11.426).
Em 2019, a Central de Atendimento à Mulher,o Ligue 180, registrou 85.412 denúncias de violências contra a mulher. Essesdados revelam mais que números, indicam um comportamento estrutural quando nosreferimos a esse gênero estigmatizado historicamente. Diariamente mulheressofrem violências das mais diversas e a Secretaria de Estado da Cidadania eJustiça (Seciju) em favor dessa causa vem fomentar políticas de enfrentamento eprevenção a essas violações, levando informações e apontando caminhos para adenúncia.
A gerente de Políticas e Proteção àsMulheres da Seciju, Flávia Martins, ressalta que “mesmo com o fortalecimento dasPolíticas de proteção e reforço dos canais de denúncia e de atendimento a essasvítimas, algumas mulheres ainda vivem em situação de violência e não denunciampor medo, vergonha ou por alguma relação de dependência com o agressor. Porisso a necessidade de toda a Rede de Proteção trabalhar para reforçar cada vezmais o apoio às mulheres vítimas de violência”, afirma.
As violências
De acordo com o Balanço 2019 da Centralde Atendimento à Mulher, Ligue 180, os principais tipos de violênciasregistradas pelo canal, foram:
• Violência Doméstica: É todo tipo de violência contra a mulhere a mais recorrente e pode se apresentar de diversas formas, como a violênciafísica, a moral, a psicológica, a patrimonial;
• Violência sexual: É a utilização da força, ameaça ouconstrangimento físico ou moral para práticas sexuais forçadas e pode ser divididaem estupro que é o ato de constranger alguém, mediante violência ou graveameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele sepratique outro ato libidinoso; e em assédio que é constranger alguém, com ointuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente dasua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício deemprego, cargo ou função.
• Tentativa de feminicídio: Nova redação dada pela Lei nº13.104 de 2015 que define a tentativa de homicídio contra a mulher por razõesde sua condição de sexo feminino, quando o crime envolve violência doméstica efamiliar, e menosprezo ou discriminação à sua condição de mulher.
• Cárcereprivado: Configura-se como uma restrição da locomoção e
autonomia da vítima, sendo caracterizado por um confinamento que
veta a liberdade pessoal, ou seja, detendo a vítima contra a sua vontade
Perfildas vítimas
O Balanço 2019 da Central de Atendimentoà Mulher, Ligue 180, apresentou que as mulheres entre 25 e 35 anos foram as quemais sofreram violência doméstica (20.479), seguido pelas faixas etárias de 36a 45 anos (16.165) e 15 a 24 anos de idade (11.426).
Já quando se fala em violência sexualforam registrados 1.493, o assédio apresentou 758 registros e o estupro 735, asvítimas têm entre 15 a 45 anos. Vale chamar atenção que nesse tipo de crime, amulher branca foi a que mais registrou denúncia (836), seguido pela mulherdeclarada parda (663).
Na tentativa de feminicídio, o Balanço de2019 apontou que foram feitas 7.727 denúncias. Dos2.511 registros de cárcere privado, as mulheres brancas lideram o número de com1.090 casos, seguidas pelas declaradas pardas com 933.
Relaçãoda vítima com o agressor
O balanço apontou ainda que oscompanheiros lideram a lista de agressores quando nos referimos a violênciasdomésticas, representando 33,15% da fatia, seguido por ex-companheiro, 17,94%,e cônjuge com 12,13% dos registros.
Já nas violências sexuais, o agressordesconhecido representa 34,78% dos casos, bem próximo ao índice dosnão-informados pela vítima, com 34,48%. A figura do vizinho como agressortambém aparece com 13,60% dos índices.
A tentativa de feminicídio obedece ospadrões já verificados nas demais violências em que o companheiro somou 3.405dos casos, o ex-companheiro 1.488, o cônjuge 1.041 casos e o ex-namoradoaparece com 358 dos registros.
No cárcere privado, os padrões de relaçõesafetivas com o agressor permanecem, quando comparadas às demais violências,como o companheiro com 1.260 dos casos, o cônjuge com 384 casos, e um dado quechama a atenção, o filho que soma 221 casos desse crime.
Onde procurar ajuda
- Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180
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Araguaínae região: 3411-7418
Gurupi:3315-3409 e 99241-7684
Palmas:3218-1615 e 3218-6771
PortoNacional: 3363-8626
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Araguaína: 3411-7310/3411-7337
Palmas Centro: 3218-6878 /3218-6831
Palmas Taquaralto:3218-2404
· Delegacia Especializada de Atendimento àMulher e Vulneráveis:
Arraias: 3653-1905
Colinas: 3476-1738/3476-3051
Dianópolis: 3362-2480
Guaraí: 3464-2536
Gurupi: 3312-7270/3312-2291
Miracema: 3366-3171/3366-1786
Paraíso: 3361-2277/ 3361-2744
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