O GIRASSOL

Palmas/TO,

Viver
Mapeamento

27/12/2019

Adetuc inova na divulgação das rotas indígenas e quilombolas por meio de mapas turísticos

Mapeamento revela localização, vias de acesso rodoviário e principais atrativos.

Emerson Silva

As festas tradicionais, as belezasnaturais, o artesanato, a culinária das comunidades indígenas e quilombolas doTocantins estão mais acessíveis ao turista que busca vivenciar novasexperiências. Para difundir as potencialidades do etnoturismo e facilitar oacesso aos visitantes, a Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura eEconomia Criativa (Adetuc) formatou mapas turísticos específicos com rotas deacessos e principais atrativos do Estado. Esta é aprimeira vez que o Estado realiza um mapeamento direcionado a estes grupos.

“Queremos incentivar avisitação a estas comunidades, torná-las protagonistas deste Estado que já temsuas belezas naturais reconhecidas nacional e internacionalmente; agora é a vezde mostrarmos o que temos de melhor, ou seja, o nosso povo”, revela o presidenteda Adetuc,Tom Lyra, enfatizando que o trabalho de atração turística vai impulsionar ageração renda, por meio do estímulo a atividades da economia criativa, sendoeste um dos pilares da gestão do governador Mauro Carlesse, que solicitou maioratenção aos indígenas e quilombolas.

Dados

Os mapas foram elaboradospela Superintendência de Desenvolvimento do Turismo, a partir de dadoslevantados junto à Fundação Nacional do Índio, Secretaria de Estado daCidadania e Justiça (Seciju) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), que apontam para a existência de 15.663 indígenas no Tocantins,distribuídos entre nove etnias e 190 aldeias. Já a população quilombola eremanescente está estimada em 9.680 pessoas (2.420 famílias), que vivem em 46 comunidadeslocalizadas em 26 municípios.

“A compilação destes dados é fundamental para nortear os projetos daPasta, em especial aqueles voltados à preservação cultural e ao desenvolvimentodo turismo de vivência e de base comunitária nestas comunidades”, pontua opresidente da Adetuc.

Tom Lyra lembra que já estão em desenvolvimento três importantesprojetos que impactam estas comunidades e estão inseridosno Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável do Tocantins(PDRIS), com recursos do Banco Internacional para Reconstrução eDesenvolvimento (BIRD). São eles, a pesca esportiva, a observação de aves e olevantamento de potencialidades das comunidades de Mumbuca e Boa Esperança, emMateiros, do Prata, em São Felix do Tocantins, e Barra do Aroeira, em SantaTereza do Tocantins.

Cultura e natureza

Mateiros é o município com maior número de comunidades quilombolas, 11no total, somando 271 famílias e uma população total estimada em 2.684 pessoas.Por ser considerada a primeira exportadora de artesanato em capim dourado,Mumbuca é a mais conhecida, tem 65 famílias e já desenvolve turismo de basecomunitária. Também no Jalapão, a Comunidade do Prata fica localizada nomunicípio de São Félix e também tem receptivo turístico organizado.

Mas o Estado possui muitas outras comunidades com histórico, valorcultural e potencial etnoturístico reconhecidos. É o caso de Lagoa da Pedra, emArraias, que preserva a tradição da Roda de São Gonçalo; Morro São João, emSanta Rosa, onde ocorrem as Congadas duranteos Festejos das Santas Almas Benditas, no Dia de Finados; Cocalinho, emSanta Fé do Araguaia, comunidade que preserva a dança do Lindô, originária dascomunidades do Maranhão.

Entre as etnias indígenas, ointeresse pela atração de turistas também é crescente. Na Ilha do Bananal, aldeiasKarajá e Javaé recebem anualmente grande número de praticantes da pescaesportiva. Os Krahô, em parceria com uma operadora de turismo também estãorecebendo visitantes durante suas principais festividades, enquanto os Xerenteestão construindo o Centro de Fortalecimento da Cultura Xerente,na Aldeia Ktẽpo,distante cerca de 60 km de Tocantinía, para receber turistas e pesquisadores.

Censo

Em 2020, será a primeira vezque o Censo Demográfico do Brasil incluirá o perfil das comunidades quilombolas,ação que envolve a parceria da Fundação Palmares, que este ano iniciou a coletade dados para o Cadastro Geral de Informações Quilombolas. São doisinstrumentos complementares, pois enquanto o primeiro reunirá dados pordomicílio, o segundo está compilando informações por comunidade. Desta forma, oPaís terá informações específicas sobre a composição/organização sociopolítica,cultural e econômica de seus núcleos quilombolas.

Assuntos Relacionados
#Turismo#indígenas#mapeamento
Confira Também
Acoprata

Prefeito faz entrega de banheiros públicos na Praia do Prata

Inclusão

Turismo lança aplicativo de turismo acessível

Cantão

Governo incentiva atividade ecoturística na região do Cantão

Turismo

Praia da Tartaruga recebe visitantes a partir deste sábado, 30 de junho, com show da Banda Nechivile

Viver

John Geração, Cleber & Cauan e Diego & Victor Hugo são as atrações da Praia da Tartaruga.