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19/12/2019

Projeto Quelônios estima soltura de mais de 130 mil filhotes no Tocantins

Na fase final do nascimento de filhotes de tartarugas em 2019, os representantes das instituições parceira do Projeto Quelônios da Amazônia no Tocantins percorreram os tabuleiros e estimam mais um recorde de soltura no Estado

Nonato Silva

Os representantes das instituiçõesparceiras do Projeto Quelônios da Amazônia no estado do Tocantins se reuniramem comitiva e percorreram as áreas dos tabuleiros, que hospedam os ninhos, otanque de acolhimento de filhotes e acompanharam o processo de soltura deaproximadamente mais mil tartarugas, recolhidas no decorrer da visita realizadana última segunda-feira, 16.

 

Segundo o levantamento parcial dassolturas realizadas, aproximadamente 80 mil filhotes já foram soltos às margensdo rio Araguaia, nas proximidades do Parque Estadual do Cantão (PEC). Até oencerramento dessa temporada, a estimativa das equipes é que esse número possaquase dobrar com as solturas da fase final do projeto.

 

No Tocantins, o projeto executadopelo Naturatins (Instituto Natureza do Tocantins) em parceria com o Ibama(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),conta com o apoio do BPMA (Batalhão da Polícia Militar Ambiental), da UFT(Universidade Federal do Tocantins) e da Unitins (Universidade Estadual doTocantins).

 

Sebastião Albuquerque, presidente doNaturatins, elogiou o empenho das equipes e ficou bastante impressionado com oelevado número de filhotes encontrados nos ninhos abertos durante a visita paraa realização de mais uma soltura. Albuquerque considera essencial acontribuição de cada parceiro até o último dia do projeto. O presidente disseque sua estimativa é muito otimista, pois se o ritmo for mantido, acredita queo Estado possa alcançar a produção de até 150 mil filhotes, ainda nesta edição.

 

Antes de percorrer as áreas quehospedam os ninhos, Wallace Lopes, superintendente do Ibama, reuniu o grupopara apresentar uma avaliação do desempenho do projeto e ouvir as contribuiçõesdos parceiros ao planejamento da edição 2020. O superintendente destacou aimportância dessa iniciativa para a reposição da espécie na região e daparceria para o sucesso do projeto, que vem colecionando recordes a cada ano.Lopes estima que a produção tem potencial para ultrapassar a soma de 130 milfilhotes neste ano.

 

O capitão Marcus Vinícius do BPMAcumprimentou todos pelo empenho das equipes e falou do esforço do batalhão paramanter a segurança e as operações de fiscalização na região. Capitão Marcosdestacou que a fiscalização integrada tem surtido efeito e que a parceria noProjeto é uma oportunidade de contribuir com a preservação da espécie, o quetraz grande satisfação às equipes envolvidas.

 

Augusto Rezende, reitor da Unitinspontuou que a parceria nesse projeto abre oportunidade de acesso à experiênciade campo que produz contribuição ambiental, além da possibilidade de produçãode conhecimento acadêmico científico. Rezende afirmou que o envolvimentoacadêmico voluntário em iniciativas que buscam contribuir com asustentabilidade ambiental enriquece as produções científicas.

 

O professor Thiago Portelinha, docurso de Engenharia Ambiental da UFT, reúne dados da espécie e avalia osnúmeros da produção e características dos quelônios do projeto. O professordisse que essas informações contribuem com o planejamento das edições,norteando as técnicas aplicadas, e ampliando os conhecimentos relacionados àbiologia e ecologia da espécie. Portelinha disse que os resultados encontradostambém serão publicados na forma de artigos em revistas científicas, congressose em material de divulgação à sociedade.

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