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SISECO

19/02/2021

Fonte de recursos para os municípios, ICMS Ecológico recebe dados até 15 de março

Gestores municipais devem inserir documentos que comprovam ações ambientais ou enquadramento nos critérios no SISECO

Camila Mitye/Governo do Tocantins - Ilustração – Ascom/Semarh

 

Os gestores dos 139 municípios tocantinenses têm até o dia 15 de março, menos de um mês, para inserir as informações e documentos comprobatórios necessários para preencher o questionário e obter os recursos do ICMS Ecológico. Os dados devem ser lançados de forma virtual, no Sistema Informatizado de Gestão do ICMS Ecológico para o Estado do Tocantins (SISECO), por meio do site www.icms ecológico.to.gov.br, e são relativos ao exercício de 2020.


A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) é responsável pela gestão do sistema e a consolidação dos índices do ICMS Ecológico, que neste ano completa 19 anos de implementação no Tocantins. Em termos de percentual destinado ao ICMS Ecológico, 13% do repasse do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) aos municípios, e da quantidade de critérios avaliados.


O Tocantins é um dos Estados mais avançados no Brasil, conforme destaca a secretária Miyuki Hyashida. " O Tocantins é o estado que mais distribui recursos de ICMS Ecológico no Brasil. O estado de São Paulo, por exemplo, distribui menos de 1%. São recursos diretamente relacionados a ações ambientais e a proteção dos ecossistemas”, pontua.


A diretora de Instrumentos de Gestão Ambiental da Semarh, Marli Santos, faz o alerta para a proximidade do fim do prazo, especialmente aos municípios que tiveram mudança de gestão e ainda não iniciaram o preenchimento do questionário. “Esse é um recurso significativo, uma remuneração pelos serviços ambientais. Quem faz o melhor trabalho e comprova, recebe mais”, ressalta.


A gestora destaca que uma grande parte dos municípios do Tocantins tem no instrumento ambiental uma fonte de recursos importante. “Em São Félix, por exemplo, 86% da transferência de ICMS recebida pelo município são oriundos do ICMS Ecológico. Portanto, preencher o questionário e comprovar as ações e critérios é fundamental para acessar esse dinheiro”, diz.


O repasse financeiro subiu consideravelmente em quase duas décadas desde a implementação do instrumento e o valor distribuído entre os municípios aumentou em torno de 1.700%. No total, mais de R$ 650 milhões já foram repassados aos municípios por meio do ICMS Ecológico, de acordo com dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz), órgão responsável pela publicação dos índices provisórios e definitivos do mecanismo financeiro.


Critérios

São seis critérios analisados para pontuação: Política Municipal de Meio Ambiente; Controle de Queimadas e combate de Incêndios; Conservação da Biodiversidade (representado por Terras Indígenas e Unidades de Conservação); Saneamento Básico; Uso e Conservação dos Solos; e Turismo Sustentável. Os municípios não são obrigados a reverter a parcela do ICMS Ecológico em ações ambientais, mas a grande maioria acaba fazendo isso para continuar pontuando no ano seguinte e manter ou aumentar o percentual.


Para muitos municípios, o investimento nas ações ambientais citadas no questionário é uma oportunidade de elevar o percentual do ICMS Ecológico no ano seguinte, colocando em prática projetos em prol da conservação e preservação do meio ambiente. É o caso do município de Alvorada, que no ano passado recebeu R$ 510.873,74 relativos ao ICMS Ecológico, o que representa 3,1% do total do ICMS transferido.


O secretário do Meio Ambiente de Alvorada, Wnilton Tavares, diz que busca formas de aumentar a pontuação do município, que já concluiu o preenchimento deste ano. Ele explica que pretende aderir ao Protocolo do Fogo, além de desenvolver outras ações. “Assim vamos conseguir alcançar uma pontuação melhor, obter o retorno significativo para que possamos desenvolver durante o ano as ações do nosso calendário ambiental”, afirma.


O recurso do ICMS Ecológico, segundo o secretário, é investido na própria área ambiental. “No ano de 2020, que foi atípico por conta da pandemia, conseguimos adquirir equipamentos de proteção individual para a associação dos catadores de material reciclável, realizamos projetos dentro das nossas Áreas de Preservação Permanente e de Educação Ambiental em parceria com a Secretaria de Educação, por exemplo”, conta.


Suporte

Além de ter realizado a capacitação de representantes de todos os municípios para operação no SISECO, a Semarh continua oferecendo suporte técnico e respondendo dúvidas neste primeiro ano de uso da plataforma. Os municípios que encontrarem dificuldade ou necessitem de qualquer suporte podem entrar em contato pelos telefones (63) 3218-7696 e (63) 99936-0696 (WhatsApp) ou pelo e-mail [email protected].


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#icms#ecologia#recursos#tocantins#administração
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